A Iniciativa Saneamento Inclusivo

A Iniciativa Saneamento Inclusivo é uma organização sem fins lucrativos dedicada desde 2019 a ampliar o acesso ao saneamento básico em territórios historicamente excluídos; urbanos, periurbanos ou rurais.

Partimos do entendimento de que a diversidade do país exige respostas igualmente diversas. Atuamos junto a comunidades, organizações e governos para construir soluções que dialoguem com cada território, integrem diferentes atores e fortaleçam capacidades locais.

Nossa prática combina:

  • Compreensão profunda do território;
  • Produção e análise de dados;
  • Construção conjunta de soluções;
  • Fortalecimento das capacidades locais;
  • Implementação e acompanhamento;
  • Transformação dos aprendizados em conhecimento aberto.

Reunimos, neste site, metodologias, publicações e ferramentas que apoiam ações em campo e contribuem para práticas mais adaptadas, participativas e sustentáveis.

O que orienta nosso trabalho

O saneamento inclusivo é uma abordagem que busca ampliar o acesso ao saneamento básico em territórios historicamente excluídos, independentemente do tipo de ocupação, localização ou condição socioeconômica.

Grande parte da população brasileira ainda não tem acesso adequado ao esgotamento sanitário, sobretudo em assentamentos urbano-precários, áreas periurbanas, comunidades rurais e pequenos municípios. A universalização exige um repertório amplo de soluções, capaz de se ajustar às condições locais. A dependência de um único modelo de serviço (como os sistemas centralizados convencionais) limita avanços e mantém desigualdades.

Essas desigualdades estão profundamente ligadas às características culturais e territoriais do país. Em muitos contextos, sistemas convencionais não são técnica, financeira ou operacionalmente viáveis. Ao mesmo tempo, existe um conjunto diversificado de alternativas: tecnologias sociais, sistemas descentralizados e semi-centralizados, que podem responder melhor às necessidades de cada território.

Essa abordagem propõe exatamente isso: soluções diversas, viáveis e adaptadas às realidades locais, aproximando o planejamento das urgências dos territórios e fortalecendo o caminho para a universalização.

Esse olhar é reconhecido internacionalmente. A Agenda 2030, por exemplo, coloca o acesso à água e ao esgotamento sanitário como condição central para saúde, dignidade e desenvolvimento sustentável.

Segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), apenas 48% dos domicílios brasileiros têm acesso à coleta e tratamento de esgoto ou a soluções individuais adequadas, um dado que evidencia a necessidade de respostas rápidas, adaptáveis e conectadas às particularidades locais.

Nossa abordagem

Nossa atuação se orienta por princípios que buscam unir viabilidade técnica, participação social e adaptação territorial:

  • Adaptação territorial: soluções desenvolvidas a partir das condições locais.
  • Participação real: construção com quem vive o território.
  • Viabilidade operacional: modelos possíveis de operar e manter ao longo do tempo.
  • Olhar sistêmico: integração entre infraestrutura, gestão, cultura e processos.
  • Conhecimento aberto: conteúdos que fortalecem o setor e ampliam repertórios, sem criar dependência.

Como atuamos

A Iniciativa opera em um ciclo contínuo que combina:

  • Atuação no território, onde são realizados diagnósticos aprofundados e construídas soluções com as comunidades, como projetos piloto;
  • Pesquisas e acervo, para transformar aprendizados em dados e conhecimento público;
  • Ferramentas de impacto, que organizam e compartilham métodos de análise, mapeamento e diagnóstico;
  • Articulação e engajamento, para conectar atores, fortalecer redes e ampliar a capacidade coletiva de resposta.

Essa combinação permite que os aprendizados gerados em cada território fortaleçam outras iniciativas e contribuam para políticas públicas mais sensíveis às realidades locais.

Porque reunimos esse conteúdo

Esperamos que o conhecimento disponível nesta plataforma inspire novas ações, apoie processos locais e fortaleça projetos conduzidos por governos, organizações da sociedade civil, comunidades e prestadores de serviço em diferentes regiões do Brasil.

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