Cadeias Alimentares
A capacidade de produzir e utilizar compostos orgânicos existentes no meio varia de uma para outra espécie vegetal ou animal. Cada espécie apresenta, assim, exigências particulares ou específicas com relação à composição e estrutura do meio ambiente. Dessa forma, segundo o professor Samuel Murgel Branco, “o tipo de alimentação de cada espécie é um dos mais importantes fatores ecológicos a determinar a existência, a abundância, a predominância ou o equilíbrio em um determinado ambiente”. Essas exigências particulares de alimento levam à existência de cadeias alimentares em cada ambiente ecológico. As cadeias se compõem de diferentes espécies de produtores e consumidores, uns sendo o alimento dos outros. Assim, a reprodução de cada um deles tem que ser suficientemente grande para, além de dar continuidade à própria espécie, fornecer o alimento indispensável à espécie que dela depende. A destruição de um só dos elos dessa cadeia pode ter efeitos catastróficos, causando o desaparecimento total do elo seguinte (dependente do primeiro) e a superpopulação do meio pelo elo anterior. A eliminação de aranhas de uma região, por exemplo, pode causar o desaparecimento total do vespão que delas se alimentam e, consequentemente, a superpopulação de insetos. O desequilíbrio pode ocorrer também com a introdução de um elemento estranho à cadeia e cuja proliferação se torna muitas vezes incontrolável. Por exemplo: a introdução do coelho na Austrália, para destruir cactos e plantas daninhas, gerou problemas ainda mais sérios que o anterior. O animal passou a dizimar plantações e não havia, na fauna local, outra espécie capaz de destruí-los. Esses elementos estranhos podem ser também substâncias – fertilizantes, por exemplo – que o homem utiliza para elevar a produção por área. Essas substâncias nutrem excessivamente organismos autótrofos e heterótrofos, quebrando o processo de síntese e decomposição. Quando se introduz, por exemplo, resíduos sólidos ou líquidos nas águas de um lago, isso pode conduzir a uma superpopulação de bactérias que consomem todo oxigênio, levando à morte peixes e outros seres aeróbios (processo de eutrofização).
Fonte: CETESB, Glossário, 20xx
A CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo é a agência do Governo do Estado responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição, com a preocupação fundamental de preservar e recuperar a qualidade das águas, do ar e do solo. A CETESB é um dos 16 centros de referência da Organização das Nações Unidas – ONU para questões ambientais, e referência nacional na regulamentação abiental. O glossário da companhia se apresenta como uma ferramenta de consulta a definições de termos comumente apresentados na literatura ambiental.